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Direita e esquerda se unem para isolar extrema-direita no parlamento português

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Após quatro tentativas frustradas, José Pedro Aguiar-Branco (PSD) foi eleito para presidir a Assembleia da República nesta quarta-feira (27). O impasse na formação da mesa diretora só foi dirimido quando os rivais PSD -- de direita -- e PS -- à esquerda -- acordaram um revezamento na presidência. Aguiar-Branco comanda a Casa nos primeiros dois anos de legislatura e os socialistas no biênio final.

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A união acorreu para evitar que os sociais-democratas dependessem do apoio do partido de extrema-direita Chega ao seu candidato. Mesmo sem o pacto, os reacionários conseguiram a terceira vice-presidência. Esse foi o primeiro teste ao 'cordão sanitário' que as duas principais siglas políticas de Portugal colocaram para evitar que o Chega obtenha posições-chaves nas instituições democráticas.

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O acordo também sinaliza que o Partido Socialista deve deixar o caminho livre ao Partido Social-Democrata formar um governo minoritário, sem se aliar à direita radical. No dia da eleição, o líder socialista Pedro Nuno Santos afirmou que não iria obstaculizar uma solução de governo. Por isso, espera-se que a bancada do partido não vote contra a investidura do social-democrata Luís Montenegro a premiê.


Por Victor Hugo Gomes dos Santos

Foto: Secretary of Defense/Erin A. Kirk-Cuomo




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