O físico Ramón Méndez Galain, arquiteto da transformação que tornou a matriz elétrica do Uruguai quase 100% renovável, foi anunciado na última segunda-feira (22) como um dos vencedores do prêmio Climate Breakthrough, o maior prêmio individual do mundo na área climática, no valor de 4 milhões de dólares. A premiação, concedida por uma organização filantrópica de São Francisco (EUA), reconhece o sucesso do modelo uruguaio, implementado por Galain a partir de 2008, quando assumiu o cargo de Secretário Nacional de Energia. O objetivo agora é usar os recursos para ajudar ao menos 50 países a abandonar os combustíveis fósseis na próxima década.
A revolução no setor elétrico do Uruguai começou em 2008, quando o então professor universitário foi convidado pelo presidente Tabaré Vázquez para liderar a pasta de energia. Na época, o país enfrentava uma grave crise, com alta nos preços do petróleo e uma forte dependência de hidrelétricas e da importação de combustíveis. Sob a liderança de Galain, que foi até 2015, o Uruguai promoveu uma mudança radical em apenas cinco anos, alcançando 98% de sua matriz elétrica vinda de fontes renováveis.
O sucesso da transição uruguaia foi baseado em uma estratégia de longo prazo que obteve o apoio de todos os partidos políticos do país, garantindo sua continuidade entre diferentes governos. "Nós provamos que é possível gerenciar um sistema elétrico com quase 100% de fontes renováveis", afirmou Galain, com 64 anos e à frente de uma organização sem fins lucrativos. A transformação não apenas tornou o país soberano energeticamente, como também reduziu os custos pela metade e gerou 50 mil novos empregos, o que representa cerca de 3% da força de trabalho uruguaia.
Atualmente, o Uruguai não só atende à sua própria demanda como exporta o excedente de energia limpa para seus vizinhos, Argentina e Brasil. A matriz elétrica do país em 2023 foi composta por 99,1% de fontes renováveis, incluindo hídrica, eólica, solar e biomassa. Para alcançar esse resultado, Galain explica que foi crucial "mudar todo o sistema", desde a infraestrutura até as regulações e o desenho do mercado, criando regras favoráveis para que as fontes eólica e solar pudessem competir e se tornar dominantes.
Com os recursos do prêmio, Galain planeja expandir a atuação de sua organização, a Ivy, que já presta consultoria a países como Argentina, Colômbia e Panamá. "Queremos provar que a transição energética é possível em diferentes geografias e contextos políticos", declarou. A ideia é mostrar ao mundo que o caso do Uruguai não foi um evento isolado, mas sim um modelo viável a ser replicado globalmente.
A revolução no setor elétrico do Uruguai começou em 2008, quando o então professor universitário foi convidado pelo presidente Tabaré Vázquez para liderar a pasta de energia. Na época, o país enfrentava uma grave crise, com alta nos preços do petróleo e uma forte dependência de hidrelétricas e da importação de combustíveis. Sob a liderança de Galain, que foi até 2015, o Uruguai promoveu uma mudança radical em apenas cinco anos, alcançando 98% de sua matriz elétrica vinda de fontes renováveis.
O sucesso da transição uruguaia foi baseado em uma estratégia de longo prazo que obteve o apoio de todos os partidos políticos do país, garantindo sua continuidade entre diferentes governos. "Nós provamos que é possível gerenciar um sistema elétrico com quase 100% de fontes renováveis", afirmou Galain, com 64 anos e à frente de uma organização sem fins lucrativos. A transformação não apenas tornou o país soberano energeticamente, como também reduziu os custos pela metade e gerou 50 mil novos empregos, o que representa cerca de 3% da força de trabalho uruguaia.
Atualmente, o Uruguai não só atende à sua própria demanda como exporta o excedente de energia limpa para seus vizinhos, Argentina e Brasil. A matriz elétrica do país em 2023 foi composta por 99,1% de fontes renováveis, incluindo hídrica, eólica, solar e biomassa. Para alcançar esse resultado, Galain explica que foi crucial "mudar todo o sistema", desde a infraestrutura até as regulações e o desenho do mercado, criando regras favoráveis para que as fontes eólica e solar pudessem competir e se tornar dominantes.
Com os recursos do prêmio, Galain planeja expandir a atuação de sua organização, a Ivy, que já presta consultoria a países como Argentina, Colômbia e Panamá. "Queremos provar que a transição energética é possível em diferentes geografias e contextos políticos", declarou. A ideia é mostrar ao mundo que o caso do Uruguai não foi um evento isolado, mas sim um modelo viável a ser replicado globalmente.
Foto: Nikolai Kolosov/Pexels
