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A China realizou o comissionamento, colocar em serviço um navio, do seu terceiro e mais avançado porta-aviões, o Fujian, em uma cerimônia na última quarta-feira (5) em Sanya, província de Hainan. Segundo especialistas, a entrada da nova embarcação em operação pode alterar o equilíbrio de poder militar no Pacífico Ocidental, no Mar do Sul da China e até no Oceano Índico. A cerimônia foi supervisionada pelo presidente Xi Jinping, conforme relatado pela mídia estatal na sexta-feira (7).
O Fujian é o primeiro navio de guerra chinês equipado com um sistema de catapulta eletromagnética, tecnologia que permite lançar aeronaves a velocidades muito mais altas. Em comparação, os Estados Unidos possuem 11 porta-aviões em sua frota, mas apenas um deles está equipado com essa mesma tecnologia, e vários navios estadunidenses estão atualmente passando por manutenção.
Fu Qianshao, analista militar e ex-membro da Força Aérea do Exército de Libertação Popular da China, disse ao South China Morning Post que a incorporação do Fujian pode equilibrar o poder de porta-aviões entre a China e os EUA no Pacífico Ocidental, podendo até dar vantagens a Pequim.
"Os EUA têm apenas cerca de quatro ou cinco porta-aviões disponíveis para emprego global, e esse número é ainda menor no Pacífico Ocidental", afirmou Fu.
"Em termos de número de porta-aviões [na região], os EUA e a China estão frequentemente quase iguais e, às vezes, a China pode até ter uma vantagem numérica", avaliou o analista.
Fu acrescentou que, devido à complexidade e aos longos ciclos de manutenção dos porta-aviões de propulsão nuclear estadunidenses, muitos na frota dos EUA estão aguardando grandes revisões, enquanto todos os porta-aviões da China são novos.
Foto: Exército de Libertação Popular da China